21 Nov Mudanças na educação osteopática
Uma conversa interessante
Alunos e a falta de confiança
Na semana passada, eu estava tendo uma conversa interessante com alguns alunos sobre a falta de confiança que eles têm nas descobertas que fazem pela palpação. A discussão foi acalorada e desafiadora, e os alunos estavam claramente frustrados por não conseguirem localizar alguns marcos no abdômen e avaliar as estruturas viscerais subjacentes.
Sinto muito me dar conta das enormes mudanças que a educação osteopática tem sofrido desde a minha formatura, em 2000! Que diferença que fazem 18 anos! Durante o meu treinamento, e experimentando nossas técnicas, palpação, ciência clínica e comparando as nossas anotações.
Atualmente, os alunos têm tantas exigências acadêmicas e muito menos tempo para praticar o contato e, infelizmente, a diferença é palpável. Muitos dos alunos atuais são jovens e ainda estão adquirindo experiência. Eles são inteligentes e envolvidos academicamente. Querem se informar sobre as descobertas e explicações da pesquisa que possam dar apoio a nossas suposições e descobertas.
Uma nova geração de alunos
Há uma ponte a ser atravessada para se alcançar o outro lado! É interessante que, dois dias após o encontro descrito acima, eu estava escutando a ótima rádio 4 da BBC e ouvi a notícia sobre um cirurgião renomado que descrevia a incapacidade que muitos novos alunos de medicina têm para efetuar procedimentos cirúrgicos básicos.
Estranhamente, foi reconfortante perceber que o problema não afeta apenas a osteopatia, mas a medicina também! Sou obviamente a favor de mais pesquisas osteopáticas na nossa profissão, mas como sou uma técnica engajada, sinto-me como uma guardiã da abordagem prática na osteopatia. Sei que não estou sozinha, mas também estou ciente de que estamos nos tornando uma “rara espécie antiga” que muitas vezes precisa suportar questionamentos infindáveis sobre a veracidade de nossos comentários ou descobertas.
Prática osteopática
Isso me faz lembrar de alguns comentários feitos pela extraordinária Fiona Walsh sobre a “Arte da osteopatia”! A arte que muitas vezes não podia e ainda não pode ser explicada
completamente, mas internalizada após longos anos de treinamento, caracterizada pela eficácia de sua aplicação quando usada corretamente com a compreensão, justificativa e intenção osteopática corretas.
Compreender a condição do pacie
nte, estabelecer uma folha clínica relevante e concisa, fazer umaboa avaliação, manter uma boa comunicação com o paciente, pedir-lhe o consentimento antes de tratá-lo, aplicar técnicas com a precisão e o respeito necessários para lidar com o desconforto e os sintomas do paciente fazem parte da prática osteopática.
Pelejando com a prática
Fico aborrecida ao ver o refinamento de nossas habilidades sendo cada vez mais afastado do currículo e, mais tarde, encontrar os mesmos alunos em cursos de reciclagem pelejando com a prática ou se sentindo enfadados ou entediados.
Não pretendo deixar de ensinar palpação e outras abordagens práticas porque a nossa
profissão é maravilhosa, mas precisamos encontrar maneiras de encontrar um equilíbrio e nos certificarmos de que a integração entre a pesquisa, os testes e a prática seja muito mais bem estudada e equilibrada! No final, esperase que os novos osteopatas tratem, e não somente justifiquem as suas descobertas para pacientes com outras teorias.